terça-feira, 16 de novembro de 2010

DESESPERADO PAI ACORRENTA O FILHO PARA EVITAR ROUBOS



















Menor é acusado de pequenos furtos
 



















Pai é deficiente físico e vive em uma cama



















Mãe denunciou, mas disse não ter uma solução para o problema


Desesperado ao ver o filho de 12 anos envolvido com roubos, Givanildo da Conceição, 37 anos decidiu acorrentar o menor na tentativa de impedir a prática de ilícitos.
Givanildo - que é deficiente físico - disse que a única solução encontrada foi prender o filho em sua cama para evitar que ele seja morto.
"Todo dia chega alguém em minha casa para dizer que ele roubou alguma coisa. Meu filho não precisa. Esse menino sai de casa e não tem hora para chegar. Só vejo a hora de receber a notícia que ele está morto", contou Givanildo.
Ainda segundo o pai do menor, o garoto já havia sido vítima de um atentado e por sorte tinha escapado da morte. "Já deram um tiro nele no Conjunto Hélio Jatobá 3. Até coronhada de revólver esse menino já levou. Eu não sei mais o que fazer, já dei muito conselho, mas ele não me obedece, eu não tenho condições físicas para viver atrás dele”, relata o pai.
Em conversa com a imprensa, o adolescente afirmou que não tem medo de morrer. "Não sou usuário de drogas e não vou à escola há três meses. No dia em que o 'cara' atirou em mim, eu corri, mas eu não fiquei com medo não”, relatou.
O caso ocorrido na quadra K1 do Loteamento Hélio Jatobá I, parte alta da cidade de São Miguel dos Campos foi levado a Polícia Militar e ao Conselho Tutelar da região após denúncia da mãe do garoto, Josefa Soares de Lima, 28.
Lima disse não aguentar ver a situação em que o filho se encontra e resolveu denunciar. "Estou separada do pai dele, mas acompanho a criação dos meus filhos que moram com ele. Estou indignada com a situação, mas também sei que não tem outra solução para o problema", afirmou a mãe do garoto acrescentando que os filhos não querem morar com ela por ser rígida.
O conselheiro tutelar Ivanildo Marques esteve no local e conversou com o pai e o menor. “Na quarta-feira o adolescente irá ao conselho tutelar para que possamos dar início ao encaminhamento a escola e tomar maiores providências. Não é um caso simples de se resolver, foi um momento de total desespero, esse homem já vive preso a essa cama, o caso precisa de uma analise mais detalhada ”, esclareceu Marques.
O conselheiro disse que deve encaminhar o caso ao Ministério Público.

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