sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SUPERINTENDENTE GERAL DO DNIT, FERNANDO ROCHA É DETIDO PELA POLÍCIA FEDERAL
























Fernando Rocha, superintendente-geral do DNIT

O superintendente-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (DNIT) no RN, Fernando Rocha, foi detido nesta sexta-feira (5) pela manhã para prestar esclarecimentos à Polícia Federal. A PF confirmou na manhã desta quinta-feira que investiga casos de corrupção no órgão.

Neste momento, policiais estão na sede do órgão, localizada na avenida Bernardo Vieira (próxima ao Midway), dando cumprimento a mandados de busca e apreensão.

A operação já rendeu outras detenções, a exemplo do diretor regional do DNIT, Gledson Maia, sobrinho do deputado federal João Maia (PR), que foi abordado na tarde de ontem (4), na churrascaria Sal e Brasa, juntamente com um empresário.

 Em um primeiro momento, a PF havia decidido não divulgar o motivo do depoimento de Gledson Maia. As suspeitas, no entanto, já recaíam sobre um esquema fraudulento que contasse com o envolvimento do engenheiro. Isto porque o interrogatório foi feito pelo delegado de repressão ao crime organizado, Elton Zanata.

Conforme divulgado pela PF, as declarações dadas por Gledson Maia foram fundamentais para avançar nas investigações, sendo que elas foram responsáveis por algumas prisões desde ontem à tarde até hoje pela manhã, a exemplo da detenção do superintendente Fernando Rocha.


Polícia federal apreende R$ 50 mil reais com diretor do DNIT




O superintendente substituto do DNIT no Rio Grande do Norte, Gledson Maia, prestou um longo depoimento na noite de ontem ao delegado de Repressão aos crimes fazendários da Polícia Federal, Caio Marques, após ser surpreendido em flagrante delito quando recebia suposta propina no valor de aproximadamente R$ 50 mil.
A operação ocorreu por volta das 14h, em um restaurante da avenida engenheiro Roberto Freire. A PF conduziu ainda um empresário que não tem origem no RN, cujo nome ainda não foi revelado.
Gledson Maia foi acompanhado por dois advogados, Adriano Dantas – que coincidentemente é o procurador-geral da Câmara Municipal de Natal — e Caio Vitor.
À reportagem, quando aguardavam o chamamento para acompanhar o depoimento do cliente, ambos disseram que não dispunham de informações sobre a prisão do superintendente substituto do DNIT. “Ele não foi preso. Ele foi apenas conduzido para ser ouvido”, enfatizou Adriano Dantas.
A assessoria de imprensa da Polícia Federal informou que o delegado Elton Zanatta, responsável pelo combate ao crime organizado no âmbito da PF/RN,  afirmou que os acusados seriam ouvidos e, em seguida, possivelmente soltos.
A imprensa foi informada ainda que somente hoje a PF vai divulgar detalhes sobre a operação. Informações colhidas pela reportagem extraoficialmente, no entanto, deram conta de que Gledson Maia teria sido apreendido  e não somente conduzido.
Foi solicitada alimentação na própria PF para os supostos acusados. Não se tem notícia se ambos serão soltos após o depoimento.
Ao chegar a sede da Polícia Federal, o superintendente substituto do Dnit e o empresário ficaram isolados em uma sala por cerca de duas horas aguardando o desfecho de um outro depoimento que nada tinha a ver com o que protagonizavam.
Os agentes da PF também fizeram a contagem do dinheiro apreendido com Gledson Maia somente ao chegaram à PF.
A participação do empresário no suposto crime ainda carece de detalhamento, no entanto,  TN colheu informações dando conta de ser ele o financiador da suposta propina.
Só não se sabe se foi ele que, visando a delação premiada, delatou o ocorrido ou se foram ambos pegos em flagrante delito. Gledson Maia, sabe-se, já vinha sendo monitorado pela Polícia Federal.
O superintendente substituto do Departamento Nacional de Infraestrutura  de Transportes foi indicação do tio, deputado federal João Maia (PR) e teve o nome cogitado no início do ano para ser o comandante do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) no âmbito do Rio Grande do Norte.
Tribuna do Norte (Notícia atualizada às 2 horas 22 minutos da manhã)

Nelter Queiroz pede ao MP que investique as razões que levaram Gilson Moura a renunciar ao seu mandato na AL


O deputado Nelter Queiroz(PMDB) acaba de protocolar na Procuradoria Geral de Justiça ofício solicitando que o Ministério Público fiscalize as razões da renúncia do deputado Gilson Moura(PV).
No ofício entereçado ao Procurador Geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, Nelter(foto) afirma que a renúncia de Gilson ao mandato conquistado em 2006 surpreendeu a todos que integram o Poder Legislativo Estadual, principalmente pelo fato de faltar menos de três meses para o fim da atual legislatura.
“Aparentemente não há nenhuma razão que justifique a atitude de Gilson Moura em renunciar ao seu mandato de deputado”, diz Nelter no ofício.
E acrescenta: “Talvez haja um acordo com o suplente em troca de apoio eleitoral, mas esse acordo parece que só pode ser cumprido com o pedido de licença de 120 dias, como determina o Regimento Interno da Assembléia”.
O suplente a que Nelter se refere é o Sargento Siqueira(PV).
Concluindo, Nelter afirma no ofício encaminhado ao Procurador Geral de Justiça: “Peço a Vossa Excelência que faça as investigações necessárias, pois o mandato de deputado estadual não pode ser moeda de troca do apoio a eleição”.
Operação Impacto
O deputado Gilson Moura entrou ontem na Assembléia Legislativa com o pedido de renúncia do seu mandato atual.
Gilson não deu nenhuma explicação sobre os motivos que o levaram a pedir renúncia do seu mandato, faltando menos de três meses para o término da atual legislatura.
Ao deputado Fernando Mineiro(PT), Gilson disse que havia renunciado ao mandato para cuidar de uma irmã que estava doente.
Nos meios políticos, no entanto, corre a versão de que Gilson pediu renúncia para beneficiar o Sargento Siqueira, que está envolvido no processo da Operação Impacto.
Assumindo a condição de deputado, Siqueira passa a ter foro privilegiado e o processo da Operação Impacto retorna ao Tribunal de Justiça.
O processo da Operação Impacto está na sua última etapa e no início de 2011 o juiz Raimundo Carlyle iria proferir a sua sentença.
Com o processo saindo da 4ª vara criminal e voltando ao TJ, os envolvidos na Operação Impacto, entre eles Sargento Siqueira, ganham mais tempo.
Cabe ao deputado Gilson Moura explicar de forma clara as razões que o levaram a renunciar ao mandato conquistado nas urnas no pleito de 2006.
Cabe também ao PV se pronunciar sobre o assunto.  Até porque, de acordo com a lei da fidelidade partidária, o mandato pertence ao partido e não ao parlamentar.
Foto: João Gilberto.
Fonte: Oliveira Wanderley.

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